O nióbio é um elemento químico,  identificado através do símbolo Nb. Ela se encontra no grupo 5 da tabela

Baterias de Nióbio, uma invenção brasileira que  promete ser a solução para tecnologias de baterias Fala Amantes   da Engenharia, meu nome é Igor Felipe e  hoje vamos falar sobre um desenvolvimento   recente em tecnologias de baterias, que é  a utilização de Nióbio na fabricação delas. Mas, afinal de contas, o que é nióbio? O nióbio é um elemento químico,  identificado através do símbolo Nb. Ela se encontra no grupo 5 da tabela periódica e  possui número atômico 41 e massa atômica de 92,9 O metal foi descoberto em 1801 pelo químico inglês   Charles Hatchett a partir de  estudos do mineral columbita. Na época ele nomeou o novo elemento 

encontrado de columbium (Cb) Posteriormente em 1846, de forma independente o  químico alemão Henrich Rose descobriu o elemento   e nomeou ele como nióbio, nome adotado pela  comunidade internacional a partir de 1950. Mas foi só em meados do século XX que o  elemento começou a ganhar mais evidência. Isso porque o nióbio tem a capacidade de  transformar as propriedades de outros materiais. Isso faz com que o nióbio tenha inúmeras  utilidades como por exemplo em carros,   turbinas de aeronave, aparelhos de ressonância  magnética, instrumento de marca-passo, foguetes,   componentes eletrônicos e  agora também em baterias. Hoje o metal é usado principalmente em  ligas especiais, misturado a outros metais,   como aço, titânio ou cobre,  e essa mistura desses metais   acaba aumentando a resistência  mecânica do produto final. Um grande exemplo é na utilização  de nióbio em tubos de gasodutos,   que na mistura do aço com o nióbio  mesmo que em pequena porcentagem,   acaba aumentando e muito a  resistência mecânica desses tubos. No entanto, já que a utilização do metal é  muito específica, a demanda pela utilização   dele também é restrita. Dessa forma, o Nióbio,   é ao mesmo tempo estratégico de um ponto de vista  tecnológico, mas mesmo assim, pouco valorizado. Então é necessário criar mais usos para esse  metal com propriedades tão interessantes. E é aí que entra a bateria de Nióbio brasileira,  que se for tão poderosa quanto promete, pode se   mostrar uma excelente utilização e revolucionar  o mercado de armazenamento de energia. E só pra você ter uma noção, se  a bateria de nióbio emplacar,   isso será uma excelente notícia para nós  brasileiros, já que o Nióbio praticamente   só existe aqui no Brasil, onde temos  quase 98% das reservas mundiais.   Mas se esse nióbio é tão bom assim, porque  não ficamos ricos com a sua extração? Isso se deve ao fato do nióbio  ser um metal substituível. Isso significa que, apesar de  apresentar boas propriedades,   ele pode ser substituído por metais  que possuem características próximas. Outro detalhe que prejudica a comercialização  do nióbio é o fato de vendermos o nióbio como   matéria-prima, ou seja, o nióbio bruto, e não um  produto que utiliza o nióbio em sua composição. Agora, com essa ideia de construir uma bateria  feita de nióbio, nós acabamos agregando valor em   um produto, ou seja, nós não exportamos a matéria  prima, mas sim, uma tecnologia produzida aqui. Dessa forma, quando utilizamos o metal  em outras tecnologias como as baterias,   nós também agregamos valor na sua  cadeia de extração e produção do nióbio. Mas quais as vantagens do nióbio? As principais vantagens do nióbio são a  alta condutividade térmica e elétrica, a ductilidade, que é a capacidade do material   sofrer deformações sem perder  suas características físicas, a maleabilidade e a alta resistência ao  calor, desgaste e à corrosão. Essas características acabam proporcionando ao  metal a capacidade de aprimorar propriedades   físicas, fazendo com que os metais que se  liguem ao nióbio sejam mais eficientes. E é por causa dessas características que o  nióbio possui várias maneiras de onde se aplicar. Por exemplo, o nióbio é essencial  para as inovações tecnológicas com   foco em desenvolvimento de materiais  inteligentes e mais resistentes,   fazendo com que eles sejam mais leves, aumentem  a performance, eficiência e a segurança. Isso faz com que o setor de mobilidade  seja beneficiado com isso, podendo criar,   por exemplo, próteses ortopédicas  para pessoas, com mais tecnologia. E não só isso, pois o nióbio ajuda  a resolver desafios da engenharia,   possibilitando economia e eficiência de materiais. Projetos com estruturas mais modernas,  podem ter mais liberdade de design com   maiores resistências de forma mais sustentável. Isso porque com o uso do nióbio, conseguimos  aumentar as características de resistência   de materiais, e isso abre possibilidades de  melhorar os cálculos e otimizar as estruturas. O nióbio é uma riqueza do Brasil, com grande  necessidade de melhor valorização e utilização,   e o investimento de duas grandes  empresas nesta tecnologia de baterias,   abre um precedente importante  para o futuro da economia do país. Mas e aí, quem desenvolveu de  fato essa bateria de nióbio? Esse feito deve ser creditado a Volkswagen  Caminhões e Ônibus (VWCO) em parceria com a   CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia  e Mineração), que firmaram um acordo   para desenvolver e fabricar baterias à  base de nióbio para veículos elétricos. De acordo com o time das duas empresas, uma  das vantagens da tecnologia brasileira é o   carregamento de carros elétricos em  tempo recorde de até seis minutos.   Carregar uma bateria de um carro elétrico no mesmo   tempo em que se abastece um carro a  combustão é realmente um feito inédito. O empreendimento deve elevar a posição do  Brasil no segmento automotivo a partir da   união entre a fabricante de veículos e a CBMM. E se você não sabe, a CBMM é a responsável pela   extração do nióbio e também no desenvolvimento  de novas tecnologias utilizando esse material. Esse projeto é fruto de quase quatro anos de   pesquisa no Japão e também com  várias tecnologias da Toshiba. Pra você entender melhor, o nióbio é  aplicado nas baterias substituindo o grafite. Isso faz com que elas possam ter metade  do tamanho das baterias convencionais. Mas é importante ressaltar que a sua densidade  energética é menor que das baterias de veículos   elétricos convencionais, portanto, a  autonomia do veículo também será menor. Por isso, uma infraestrutura de carregamento  específica para essa tecnologia precisaria   ser implementada, já que o carregamento rápido é  uma das grandes vantagens das baterias de nióbio. Ou seja, você pode ter uma autonomia menor, mas o  carregamento rápido iria eliminar esse problema. E se você acha que elas vão ser iguais a essas  baterias descartáveis que vemos hoje em dia,   os estudos mostram que a bateria de nióbio podem   ter uma vida útil de quase 20  anos, e mais de 10.000 ciclos. Comparando, essas baterias teriam até cinco vezes   mais ciclos que as baterias  de íons de lítio típicas. E não só a vida útil da bateria, mas  também temos benefícios na segurança. Como elas não degradam em temperaturas  extremas como as outras baterias,   elas diminuem o risco de incêndio. Agora imagina você andando em um carro  elétrico com uma bateria de nióbio brasileira,   e saber que você pode carrega-lo totalmente  em apenas 6 minutos, o que você acha? Acha que a moda pode pegar por aqui? Deixa aqui nos comentários. Eu vou deixar dois vídeos que complementam  o tema e que vocês podem gostar também,   então não deixa de clicar em um deles e conferir. Curtiu o vídeo, Deixa seu like. Se  não é inscrito, se inscreve e se   você gostou do nosso trabalho, já  ativa o sininho das notificações.   É isso meus amigos, um grande  abraço e te vejo no próximo vídeo.