O cabo Hangklip marca a fronteira leste da desembocadura da baía Falsa, no extremo sudoeste da África. O nome, que significa “pedra suspensa”, em africâner, vem de uma montanha de arenito com 450m de altura que se ergue nas proximidades. De certos ângulos, parece que o penhasco está suspenso sobre o mar. Os portugueses batizaram o pico como cabo Falso.
No caminho de volta do Oriente, era fácil confundir o cabo Hangklip com o promontório do Cabo e, assim, virar ao norte, entrando na baía Falsa, em vez de alcançar oceano Atlântico, mais a oeste.
A área ao do cabo Hangklip abriga várias enseadas, com praias de areia fina, separadas por formações rochosas. Ao sul, as águas do mar são geralmente revoltas perto do litoral; ao norte, tem- se uma magnífica vista de toda a baía Falsa, da montanha da Mesa e da península do Cabo.
Até a construção de uma rodovia, durante a Segunda Guerra Mundial, a região era relativamente isolada. Escravos fugitivos usavam a área como santuário durante o século XVIII. Trilhas ao longo da costa são bons pontos para se avistarem baleias, especialmente entre os meses de agosto e novembro.
Cabo das Agulhas
O cabo das Agulhas não tem os estupendos paredões do promontório do Cabo, mas é um lugar interessante por marcar o extremo sul do continente africano e o extremo oeste do banco de areia das Agulhas. A plataforma continental da África se projeta no mar, ao sul e a leste, por mais de 200km. Nas Agulhas, o arenito, que forma paredões altíssimos no litoral, tornou-se uma plataforma rochosa que cria ilho- tas de pedra entre as ondas.
O nome do cabo provavelmente se deve a esses afloramentos de pedra afiada. O imenso banco de areia das Agulhas, submerso pelas ondas, traz consequências importantes para a região. Em parte por causa dele, a corrente marítima das Agulhas, de águas mais quentes, é obrigada a fazer um desvio ao sul nesse ponto, causando uma profusão de turbilhões e redemoinhos.
As estranhas correntes marítimas, marés e ventos resultantes desse desvio inesperado fizeram com que o in das Agulhas tivesse mais navios afundados em suas águas do que qualquer outro ponto no sul da África. Os primeiros navegadores portugueses consideravam essa área um lugar estranho e perigoso. Oceanógrafos descobriram recentemente que é nesse ponto que os oceano atlântico e Índico se encontram